1931: Uma nova legislação sindical: para quê?
Durante
a República Velha houve o desenvolvimento de diversos tipos de sindicalismo:
uma corrente anarquista e uma variante chamada anarco-sindicalismo e outra
comunista.
Lembre-se:
para os anarquistas o sindicato, por ser criado dentro da sociedade
capitalista, deveria servir como instrumento para destruir o capitalismo e
depois sumir. Já os anarco-sindicalistas acreditavam que os sindicatos poderiam
existir mesmo depois da Revolução social, i. e., dentro da sociedade anarco-comunista.
Já os comunistas querem os sindicatos como
suporte para o fortalecer o Partido Comunista.
Por
outro lado, o industrial de SP Jorge Street queria a legalização dos
sindicatos, e no governo Vargas virou Ministro do Trabalho. Fez-se uma Nova
Legislação Sindical-trabalhista. Todos os sindicatos ficariam ligados ao
Estado, que os controlava. Essa foi uma forma de anular os anarquistas e
anarco-sindicalistas, pois estes não aceitavam a presença do Estado, nem dos
burgueses em organizações operárias e abandonaram os sindicatos exustentes para
criar sindicatos paralelos à estrutura oficial. Os comunistas, em um primeiro
momento não aceitam a novidade, mas depois entram nos sindicatos do Estado.
Em
1931, criou-se também um imposto sindical, para juntar dinheiro para criar diretorias fixas e burocracia, mantendo
mais facilmente o controle sobre os sindicatos. Retirar dos trabalhadores a
opção de escolher, de dirigir seus órgãos é uma forma de criar “ovelhas
submissas” e chamá-las de “cidadãos”...