O taylorismo
O fordismo visa a aceleração da produção por meio da esteira, aceleração da produção e controle sobre os operários que, a partir daí, não mais andavam pela fábrica. Era o produto que andava. O taylorismo visa o adestramento do trabalho pela medição de seu tempo/ritmo de produção e criação de um padrão/modelo de produção.
Cada trabalhador é observado durante seu processo de produção e os administradores da fábrica fazem medições de tempo/produção. Àqueles trabalhadores que tiverem o menor tempo de produção com maiores resultados, terão sua forma, gestual, ritmo, posicionamento do corpo e das ferramentas etc. anotado e analisado pelos administradores. A partir daí, cria-se um padrão/modelo de como os outros trabalhadores devem produzir, se posicionar, colocar as ferramentas na bancada etc.
O taylorismo não descarta a esteira, mas - diferente do fordismo - prevê uma produção mais limpa.
No sentido de que o fordismo, ao terminar a produção não se preocupa com o estado/poluição/sujeira da fábrica, mas o taylorismo pensa numa fábrica que produza e limpe ao mesmo tempo...
Quando a fábrica taylorista termina a produção, a fábrica está pronta pra começar outro ciclo de produção (sem perder o tempo que a fábrica fordista perde para relimpar a fábrica, antes de começar o processo produtivo novamente).
Não é por acaso que F. Taylor chamou sua ideia de "administração CIENTÍFICA do trabalho". O trabalhador é adestrado a seguir o padrão/ritmo de produção que foi imposto pela administração da fábrica, mudando - inclusive - seu gestual, sua relação corpórea com o processo produtivo.
O 'incentivo' ao trabalhador ocorre na forma de prêmios individuais, para quem produzir mais em menor tempo.
O fordismo se preocupa apenas com o trabalhador dentro da fábrica... sua vida exterior não importa. Já o taylorismo quer mudar até a forma como esse trabalhador vive, controlando-o nas ruas, em "sua" casa, nos esportes etc.