Total de visualizações de página

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

"A Internacional" - reflexões sobre o hino dos trabalhadores do séc. 19

"A Internacional" é o nome dado a letra da música, pois os operários queriam que todos os trabalhadores do mundo se unissem para lutar contra o capitalismo. Segundo eles, não importava se o trabalhador era de um país ou de outro o capitalismo os explorava igualmente. Por isso, o nome da terra que eles querem criar ser uma terra sem nacionalidade, Isto é "a Internacional".

O contexto histórico referente "A internacional" é a Revolução Industrial e todas as dificuldades que os trabalhadores passavam com adestramento da mão-de-obra que ocorria na época. Além disso, é bom lembrarmos que não havia direitos trabalhistas e as condições de vida eram péssimas. Também, as fábricas eram chamadas pelos trabalhadores de "fábricas satânicas" ou "máquinas da morte"...

Por outro lado, em 1871, houve a primeira tentativa de revolução proletária dos trabalhadores: a Comuna de Paris.


Quase todos os trechos da letra de "A internacional" mostram problemas que os proletários passam e propõe soluções para estes. No entanto, é importante perceber que a solução principal referida na letra da música é uma revolução proletária.
Essa, seria, na realidade, uma revolução social, pois a teoria política defendida pela música "A internacional" é o anarquismo. Há dois trechos que comprovam isso: "O Estado esmaga o oprimido" e "uma terra sem amos" [sem senhores]. Lembrando que os anarquistas não concordavam com a existência do Estado, nem de dirigentes para controlar o governo e as pessoas. Já os socialistas acham que no socialismo é necessário haver um Estado para prepapar as pessoas, reeducando-as, para viver no comunismo. Por isso a letra da música não é socialista.


O termo "proletário" é usado por L. Blanc com sentido de que são aqueles trabalhadores que lutam por direitos, que fazem ações políticas. Por isso, "proletário" não é apenas aquele que trabalha por salário, mas aquele que reivindica melhores condições e - indo às ruas em greves e manifestações, formando sindicatos e jornais operários - percebe a exploração do trabalho e assim cria em si e nos outros uma consciência de classe,  não aceitando ser tratado como "mão-de-obra": termo pejorativo no séc. 19 e que indica falta de consciência e submissão às vontades dos outros, os burgueses.